terça-feira, 3 de maio de 2011

Representante do governo argentino visita o Brasil para conhecer os Pontos de Cultura

O Coordenador de Subsídios para o Desenvolvimento Sociocultural da Secretaria de Cultura da República da Argentina, Diego Benhabib, esteve no Brasil entre os dias 29 de abril e 3 de maio para conhecer ‘in loco’ os Pontos de Cultura – experiência brasileira de fomento à cultura que já repercute na América Latina.
“Vim ao Brasil pra conhecer o Programa Cultura Viva, em especial os Pontos de Cultura, assim como sua forma de implementação, benefícios gerados e como tem sido construída a relação com as comunidades e grupos culturais”, destacou Benhabib. “Temos como referência o modelo brasileiro, mas refletimos nossas próprias características. Contudo, partimos do mesmo delineamento político: construção da cidadania, valorização da identidade local, fomento à produção cultura comunitária que já existe e a ampliação do circuito de distribuição cultural”, analisou.
No Ministério da Cultura, Diego Benhabib foi recebido no dia 3 de maio por Cesar Piva, diretor do Programa Cultura Viva, e Giselle Dupin, assessora internacional da nova Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC (em processo de criação). Durante o encontro, ele apresentou o novo programa de fomento cultural do país, que será lançado em junho próximo, e que tem os Pontos de Cultura como principal vertente de incentivo.
O projeto portenho, nomeado Programa de Subsidios para el Desarrolo sociocultural, visa fortalecer os processos de organizações sociais, direcionando subsídios, em um primeiro momento, para comunidades indígenas e grupos não-formais (de Base), envolvendo ainda organizações já incentivadas pelo Estado. O edital de seleção pública prevê 100 Pontos de Cultura para o país, com valores médios de 50 mil pesos (cerca de R$ 20 mil) por ano para cada contemplado.
Durante os cinco dias de visita ao Brasil, Diego Benhabib destacou a visita ao Museu da Maré, no Rio de Janeiro (RJ), onde ficou impressionado com “a beleza do resgate de memória cultural local”. Já em Brasília, passou por Pontos de Cultura nas regiões administrativas de Ceilândia e Taguatinga.
“A identificação das organizações sociais com o Programa Cultura Viva é visível em cada Ponto que visitei”, reflete. Na Ceilândia, ele conheceu o projeto Atitude Jovem, percebendo o “desejo dos jovens em melhorar de vida por meio do trabalho na área da musica”. Já em Taguatinga, os pontos Invenção Brasileira e Tribo das Artes, sob seu ponto de vista, tem gerado cadeias de produção sustentáveis. “Há muita paixão dos que participaram e interesse em desenvolver projetos coletivos”, concluiu.

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